Robôs e crianças com Autismo: Porquê? – Projeto Robótica-Autismo

03 de Outubro de 2013

Neste projeto de investigação pretende-se utilizar a robótica social como promotora do desenvolvimento sócio emocional em crianças com perturbações do espectro do autismo (PEA). Segundo os critérios atuais explicitados no DSM V, as PEA são caraterizadas por alterações na comunicação social e por padrões de comportamento, atividades ou interesses restritos e repetitivos. As alterações ao nível da comunicação social nas crianças traduzem-se, na maioria das vezes, por dificuldades em reagir a estímulos sociais, em imitar comportamentos, em reconhecer e compreender estados mentais em si mesmas e nos outros. Estas alterações influenciam claramente a adaptação da criança com PEA aos seus contextos naturais comummente com implicações no seu desenvolvimento cognitivo, linguístico e emocional.
A investigação sobre a interação humano-robô tem demostrado que os robôs melhoram o nível de resposta, de envolvimento e de interesse nas crianças com PEA e promovem novos comportamentos sociais.
Desde o início do projeto, o robô LEGO Mindstorm têm sido utilizados para interagir com estas crianças, mas o futuro do projeto pretende-se com a utilização de um robô humanoide com a capacidade de expressão facial, que fomente interações sociais, de comunicação e de reconhecimento de emoções.
Esta ferramenta insere-se na categoria da robótica afetiva, definida como sistemas robóticos que dependem da deteção, síntese e produção de comportamentos emocionais e afetivos para permitir o reconhecimento visual da emoção apresentada.
De salientar que a equipa proponente é pioneira em Portugal na temática Robótica-Autismo, fruto da investigação desenvolvida no âmbito do projeto FCT RIPD/ADA/109407/2009.